O QUE HÁ DE TÃO CIVILIZADO NA GUERRA? AXL ROSE VS KURT COBAIN

29 10 2010

Sugerido por: Roberto A.
Fonte: A.V. Club

O website “A.V. Club” fez um verdadeiro e profundo tratado sobre a rivalidade que exisitia entre Axl Rose e Kurt Cobain, dois dos maiores ícones do início dos anos 90. Abordando diversos aspectos da guerra particular  – e que quase chegou ás vias de fato – entre os dois ídolos, o texto traz uma incrível análise psicológica dos músicos, além de uma ótima caracterização do que estava acontecendo no mundo da música naquela época.

Confira o texto completo, em português, com exclusividade no Imprensa Rocker!

“Aprovados pelo Guns n’ Roses” – legenda sobre o Nirvana na revista semanal britânica “New Musical Express”.

“O papel dele tem sido interpretado por anos. Desde o começo do Rock n’ Roll que há um Axl Rose. E é um saco. É totalmente entediante para mim. Isto é uma novidade para ele, obviamente porque está acontecendo pessoalmente com ele, e ele é uma pessoa tão egoísta que pensa que todo o mundo lhe deve alguma coisa” – Kurt Cobain falando sobre Axl Rose (retirado do livro “Come As You Are: The Story of Nirvana”, de Michael Azerrad.

“Você é tudo que eu poderia ter sido” – Axl Rose falando para Kurt Cobain após um show do Nirvana em outubro de 1991, e relatado por Courtney Love em “W.A.R.: A Biografia Não-Autorizada de Willian Axl Rose”, de Mick Wall.

A parte mais complicada de se escrever sobre a história é colocar estilos, modas e movimentos sociais numa perspectiva adequada. Nem todo mundo passou os anos 60 fazendo bebês na lama em Woodstockk, ou os anos 70 cheirando com Bianca Jagger no “Studio 54”. Nós nos apoiamos nestas coisas, porque elas possuem significados facilmente reconhecíveis de suas respectivas eras, mas muita coisa é ignorada quando você toma o atalho das jaquetas Nehru e músicas dos Bee Gees. O espectro das experiências em qualquer era é simplesmente amplo demais; me faz imaginar se a chamada “monocultura” realmente existiu, no qual “todos concordavam” com o que era bom nas rádios e nas três emissoras de TV. Talvez apenas tenhamos melhorado em reconhecer que mesmo as coisas realmente populares são irrelevantes para significativas porções da população. Uma banda tão abrangente como eram os Beatles nos anos 60 provavelmente não significava muito para um adolescente negro que vivia em Detroit, ou para um motorista de caminhão da zona rural do Texas, ou para os milhões de decentes conservadores norte-americanos médios que trabalhavam duro e que esperavam impacientemente que aqueles cabeludos desafinados terminassem sua apresentação no Ed Sullivan, para que os mágicos e malabaristas pudessem entrar.

Há uma anedota muitas vezes contada sobre como o “Nevermind” foi lançado ao topo das paradas da “Billboard” nos últimos dias de 1991, porque os garotos trocaram o “Dangerous” de Michael Jackson pelo álbum do Nirvana, que era o que eles realmente queriam no natal. É uma estória rica em significado metafórico, mostrando a recém iniciada banda de Punk Rock contra o gigante superstar do Pop dos anos 80, terminando com os caras novos roubando a tocha cultural à força. Na versão cinematográfica, você veria adolescentes de todos os lugares trocando suas blusas brilhantes e jeans de pedra lavada por camisas de flanela e acessórios “Doc Martens”, e os escutaria reclamando sobre como os pais, a escola, o sistema e a mídia diz à nova geração com o que se importarem, e como isto é uma merda. É como se todos nós tivéssemos decidido nos tornar Christian Slater no filme “Pump Up The Volume”, e isto começou com o Nirvana destronando o rei do Pop.

Na realidade, “Dangerous” acabou se tornando indiscutivelmente mais popular que o “Nevermind”, vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo e gerando nove singles ao longo de dois anos. A sexta canção de “Dangerous” a ir para as rádios, “Heal The World”, provavelmente seria mais reconhecida pelos fãs casuais de música do que qualquer canção do Nirvana, possivelmente com a exceção de “Smells Like Teen Spirit”. “Dangerous” só parece um fracasso se comparado aos três mega-sucessos – “Off The Wall”, “Thriller” e “Bad” – que Jackson lançou antes dele. Mas ainda havia muitas pessoas que amavam “Dangerous”; ele pode ter perdido a batalha para o “Nevermind” aos olhos dos historiadores do Rock, mas Michael Jackson se deu bem na guerra.

“Nevermind” já havia sido mitificado quando Kurt Cobain cometeu suicídio em 1994; depois, pareceu que o disco existiu apenas como o ponto histórico que marcou o maior triunfo de Cobain e sua sombria introdução ao lado negro da inescapável fama e adulação. É difícil ouvir o “Nevermind” hoje em dia sem sentir o peso da história ou sem escutar o barulho do trovão do pressentimento. Mas a entrada do “Nevermind” no panteão dos “Importantes Álbuns de Rock” teve um certo atraso. Quando foi lançado, o disco só recebeu três estrelas e um review suave da “Rolling Stone”. De acordo com a “Spin”, o Nirvana era bom, mas não chegava nem perto do Teenage Fanclub, cujo álbum “Bandwagonesque” foi nomeado o disco do ano.
 
(“Nevermind” liderou o rank da “Village Voice’s Pazz & Jop Critics Poll”, ficando na frente do Public Enemy, R.E.M., U2 e P.M. Dawn. “Smells Like Teen Spirit” também liderou a lista de singles, ficando 19 posições acima de “Pop Goes The Weasel” do 3rd Bass que, assim como o Nirvana, levava a sério o desafio contra os “falsos artistas”.)

Assim como milhões de garotos, eu comprei uma cópia do “Nevermind” no fim de 1991, mas não me apressei em comprá-lo assim que escutei “Smells Like Teen Spirit”. Entretanto eu enchi o saco de minha mãe para que ela me levasse ao shopping para eu comprar dois álbuns que haviam saído uma semana antes do “Nevermind”. Eu havia esperado três anos por estes discos – toda a minha vida como consumidor de música. Por meses engoli o hype prometendo que a música destes álbuns poderia ser a melhor coisa a castigar meus tímpanos. Logicamente, tinha que possuir estes discos assim que estivessem disponíveis.

Você sabe onde está? Você está na selva com os “Use Your Illusion I” e “Use Your Illusion II” do Guns n’ Roses, baby! E até o final de 1991, algo que uma vez foi vital para a banda mais perigosa do planeta ia morreeeeeer!

O ano de 1991 pode ser lembrado como o ano do “Nevermind”, mas nenhuma banda era tão grande na época quanto o Guns n’ “Fucking” Roses, e nenhum rockstar tinha mais poder do que Axl Rose, o homem que fez da bandana e dos micro-shorts de ciclista algo cool de usar em público somente através da força de sua personalidade. O debut do Guns ‘ Roses, “Appetite for Destruction”, está entre os álbuns de Rock mais vendidos de todos os tempos e foi a trilha sonora de incontáveis adolescentes em ter o fim dos anos 80 e começo dos anos 90. Garotos de toda a parte estavam trepando, ficando bêbados e sendo espancados pela primeira vez, ao som de “Welcome to The Jungle” e “Paradise City”. Em 1991, Axl era tão poderoso que conseguiu coagir sua gravadora “Geffen Records”, a lançar dois maniacamente ambiciosos álbuns duplos no mesmo dia – 17 de setembro de 1991 – ao invés de separados por um ou dois anos, que era o que a gravadora queria fazer, porque parecia fazer mais sentido. O lançamento duplo dos “Use Your Illusion” era um ato tão descarado em sua arrogância, e ainda assim estranhamente admirável por sua dificuldade artística, que ninguém havia sido tão louco de tentar isso anteriormente e nem copiar nos 20 anos posteriores (sim, houve o pouco admirado projeto de Bruce Springsteen “Human Touch/Lucky Town” no ano seguinte, e o lançamento duplo de Sweat/Suit de Nelly em 2004, mas nenhum destes eram álbuns duplos). Podemos debater sobre a grandiosidade e importância do “Nevermind” – prefiro que não debatemos, mas vá em frente se quiser – mas não há argumentos contra a saga “Use Your Illusion” ser um evento único e histórico desde o nascimento do Rock; em termos de excessos, o fato fincou a bandeira do fim do mundo.

Baladas grandiosas baseadas no piano, épicos prog-Punks doentios, Blues queixosos cheios de DST’s, canções “piada” sobre putas mortas em valas, folks largados denunciando excessos anônimos e não tão anônimos, uma surpreendente e mordaz canção anti-guerra, ataques furiosos (e difamatórios) a jornalistas, participação especiais do cara do Blind Melon – “Use Your Illusion” tinha de tudo. Tudo que a “Geffen” podia fazer era esperar que Axl não decidisse carregar ainda mais paranóia sufocante e balbucios psicóticos em novas canções, adiando ainda mais o lançamento destes já obesos mamutes gêmeos à vida selvagem.

O primeiro gosto que o mundo teve de “Use Your Illusion” foi “You Could Be Mine”, lançado como single em junho de 1991, junto com o filme “O Exterminador do Futuro II: O Dia do Julgamento”, que por acaso era a outra obra de entretenimento na qual eu estava obcecado naquele ano. O Guns n’ Roses ainda estava há meses de lançar os álbuns que “You Could Be Mine” deveria divulgar – a canção é “Use Your Illusion II”, o que era bem confuso se você não soubesse sobre o “Use Your Illusion I” – mas o vídeo com Arnold Schwarzenegger foi bem sucedido em manter a banda onipresente na MTV naquele verão, como se ela estivesse em turnê pelo país. Não que o Guns n’ Roses precisasse de qualquer ajuda para chamar a atenção; durante um show em St. Louis, em julho, Rose saiu do palco, um reação ao que ele julgou ser um “segurança idiota”, durante a performance de “Rocket Queen”, a 15ª música da noite. O público respondeu destruindo o lugar, causando um prejuízo de US$ 200 mil; Rose mais tarde foi preso acusado de iniciar tumulto (ele se vingou, escrevendo “foda-se St. Louis”, nos créditos de ambos “Use Your Illusion”).

O tumulto sugeriu que a imagem do Guns n’ Roses ainda era rude o suficiente para convencer os fãs que socar uns aos outros na cara era uma reação razoável ao fato da banda só ter tocado por 90 e poucos minutos. Mas “Use Your Illusion” era o trabalho de uma banda indo além de seu início humilde, como patifes da rua que negociavam heroína; em breve o mundo descobriria que “You Could Be Mine” – uma canção magra, sórdida e com o balanço de uma cascavel, no clima do “Appetite” – havia criado uma porção de expectativas Hard Rock que os álbuns, independentes de seus outros méritos, não conseguiria atingir. 

O single que definiu o “Use Your Illusion I”, entretanto, acabou sendo “November Rain”, que chegou à MTV um ano após “You Could Be Mine”. Desnecessariamente caro, fatalmente exagerado, e um claro produto de uma falta de visão auto-destrutiva, o vídeo de “November Rain” já parecia risível desde a primeira vez que a MTV o exibiu. Era como se Axl estivesse seguindo obedientemente uma lista de coisas que você não queria ver envolvidas com o Guns n’ Roses: ricos casamentos, orquestras enormes, simbologia, Stephanie Seymour, e assim vai. Apenas cinco anos antes, o Guns n’ Roses apresentou uma imagem muito diferente no vídeo de “Welcome to The Jungle”, que para mim é a coisa mais poderosa que a banda já fez, inclusive mais poderoso que o “Appetite” como um todo. Até hoje, o Guns n’ Roses visto no vídeo de “Welcome to The Jungle” é a única banda de Rock a me assustar de verdade. Sim, ajudou o fato de eu só ter 10 anos na época, mas o Guns n’ Roses era enervante de uma forma que nem a mais assustadora das bandas de Metal poderia ser. As bandas de Metal eram como filmes slasher (Nota do tradutor: filme do gênero de “Sexta-Feira 13”, “Halloween”, “Massacre da Serra Elétrica”, etc); o Guns n’ Roses era como um estupro na prisão. 

O Nirvana é creditado por fazer as bandas de Hair Metal dos anos 80 parecerem bobas, com o “Nevermind” mas o Guns n’ Roses já havia feito isto com o vídeo de “Welcome to The Jungle” alguns anos antes. Mas mesmo que Rose tivesse maiores ambições em 1991, os bravos jovens de Seattle ameaçando transformá-lo em dinossauro antes da hora, aparentemente não o incomodou. Na verdade, ele foi um dos primeiros rockstars a entrar na onda do “Nevermind”. Em setembro de 1991, o Guns n’ Roses lançou o vídeo para a relativamente contida balada “Don’t Cry”, que mostrava imagens de Rose usando um boné de baseball do Nirvana. Rose usou o mesmo boné no filme do making of, e aparentemente também era um entusiasmado fã de seus colegas de “Geffen” fora das câmeras. Em outubro, ele levou Slash para ver o Nirvana tocando em Los Angeles e, de acordo com o livro “W.A.R.: A Biografia Não-Autorizada de Willian Axl Rose”, de Mick Wall, ele até fez aquela sua dancinha enquanto o Nirvana tocava (por que, oh, por que iPhones não existiam em 1991?).
 
Rose ansiava em escutar o Nirvana fazer um cover de “Welcome to The Jungle” – ele queria que eles fizessem “do jeito deles, seja lá como for” – e convidou a banda para tocar em sua festa de aniversário de 30 anos. Publicamente, ele quis que o Nirvana participasse da turnê gigantesca que o Guns n’ Roses fez com o Metallica, o que seria uma incrível oportunidade para qualquer banda que estivesse tentando estabilizar um público. Quando o Nirvana recusou, Rose chamou o Soundgarden, outra banda de Seattle  que ele elogiava na mídia antes da maioria dos fãs mainstream ouvirem falar do grupo.

Diga o que quiser sobre Axl Rose, mas você não pode acusá-lo de não estender o tapete de boas vindas às novas promessas da fraternidade dos rockstars. Mais do que tudo, o cara parece um fã; eu seu que eu convidaria o Nirvana para minha festa de aniversário em 1991 se eu tivesse condições. Infelizmente, o fato de Axl Rose abraçar o Nirvana pareceu confirmar os maiores medos de Kurt Cobain ao assinar com uma grande gravadora. Para Cobain, Axl Rose representava tudo de horrível no Rock corporativo. Num nível pessoal, ele achava Rose um ser humano desprezível, a epítome do racismo, sexismo, homofobia, orgulho caipira e comportamento “machão”, que sua música pretendia irritar e destruir.

Que Rose era mais complicado que isto – ele era o mesmo desajustado que Cobain foi enquanto crescia, e um cara razoavelmente sensível, considerando que ela chamou a mãe de “boceta” na canção “Bad Obssession” – não foi levado em questão. Rose significava a velha guarda, o Rock do super-estrelato, e Cobain nunca foi tão deliberado em seu desejo e desmantelar esta instituição quanto em sua franca crítica a respeito do Guns n’ Roses. A aversão que Cobain tinha em se tornar Axl Rose beirava a obsessão; ele disse à imprensa que do US$ 1 milhão que ele recebeu assim que o Nirvana explodiu, relativamente modestos US$ 300 mil foram para uma casa e apenas US$ 80 mil foram gastos em outras despesas pessoais. “Isto definitivamente não é o que Axl Rose gasta em um ano”, disse Cobain (uma história aparentemente contraditória é contada no livro “Heavier Than Heaven: A Biography of Kurt Cobain”, de Charles R. Cross: Cobain e Courtney Love passaram dois meses da primavera de 1992 no luxuoso “Four Seasons Olympic Hotel”, em Seattle, totalizando uma extravagante conta de US$ 36 mil antes de serem expulsos do lugar. O nome que eles usaram para registrarem-se no hotel foi Bill Bailey, o apelido original de Axl Rose).    

A ironia na rivalidade entre Axl e Kurt é que Cobain – o feminista que usava vários suéteres para não parecer tão magro – foi claramente o agressor, enquanto Rose, que mandou todo e qualquer crítico “chupar seu pau” em “Get in The Ring” e que chamou Vince Neil do Motley Crue para a porrada, do lado de fora da “Tower Records, em Los Angeles, parecia se retrair com relação a um homem que ele parecia admirar genuinamente. É meio triste, de verdade, apesar de que Rose não evitou de insultar Cobain. Quando o Nirvana recusou a participar da turnê “Get in The Ring” com o Guns n’ Roses e o Metallica, Rose se queixou à revista “Metallix: “Eles preferiram ficar em casa tomando heroína com suas esposas putas ao invés de saírem em turnê com a gente” (palavrões à parte, Rose não estava completamente errado). 

As coisas finalmente explodiram no backstage do “MTV Video Music Awards” de 1992, onde Cobain e Rose tiveram um mítico encontro, no nível dos encontros dos mais icônicos popstars de todos os tempos. Foi como quando Bob Dylan fumou um baseado com os Beatles, ou quando David Bowie cantou “Little Drummer Boy” com Bing Crosby, só que desta vez os participantes, sem dúvidas, odiavam um ao outro. Você pode comprar isto com aquela cena do filme “Heat” (N.T.: No Brasil, o filme se chamou “Fogo Contra Fogo”), quando o assaltante de banco interpretado por Robert De Niro toma um copo de café com seu rival da polícia, interpretado por Al Pacino, mas Axl e Kurt não conseguiram nem ao menos cultivar um invejo respeito mútuo. Os detalhes do encontro já são bem conhecidos pelos fãs do Nirvana, do Guns n’ Roses e pelos fãs de briga entre celebridades: começou quando Courtney Love, que estava sentada com Cobain e sua filha, ainda bebê, Frances Bean, chamou Axl e sua namorada Stephanie Seymour, e perguntou se ele queria ser o padrinho da criança. Ao invés de atacar Courtney, Axl se virou para Kurt:
 
“Cale a boca da sua puta, ou eu resolve isso lá for a com você”, rosnou Axl, soando mais ameaçador do quem em qualquer parte ao longo dos 150 minutos dos “Use Your Illusion” (pelo menos, do jeito que eu imagino a cena).

Sem deixar a peteca cair, Cobain se vira para sua esposa e diz sarcasticamente: “Ok, puta, cale a boca”. Sem querer perder a chance na troca de insultos entre os casais, Seymour pergunta dissimuladamente à Love: “Você é modelo”?

“Não”, ela respondeu. “Você é uma cirurgiã cerebral”? Fim de jogo, vitória do time Grunge.

Se há uma analogia que chegue perto de descrever este auge hostil, seria a primeira luta de Muhammad Ali contra Joe Frazier em 1971, no “Madson Square Garden”, onde Ali era visto como representante do liberalismo anti-guerra e Frazier era associado com o “establishment” conservador. Assim como Ali e Frazier, Kurt e Axl eram ligados por suas habilidades em transformar seus sentimentos de agressão, fúria, alienação e ódio em uma vocação altamente lucrativa. Mas eles vieram fundamentalmente de dois mundos diferentes, e juntar os dois ofereceu um caso de estudo fascinante sobre o que acontece quando dois homens que representam perfeitamente sensibilidades opostas agem de acordo com suas diferenças filosóficas no mundo físico.

Parece bem violento para uma noite que teve Dana Carvey como anfitrião, eu sei. Mas a forma como a estória “Kurt fez Axl parecer um idiota no VMA” foi reportada, e subseqüentemente exagerada por Cobain e pela mídia, diz muito sobre como “Use Your Illusion” (até mais do que o “Nevermind”) fez o comportamento “fora da lei cool” do Guns n’ Roses parecer apenas uma pose vazia, no espaço de um ano. O Nirvana estrelar um memorável momento Rock n’ Roll “foda-se” no palco ao tocar alguns compassos de “Rape Me” antes de mandar uma perfeita versão desleixada de “Lithium” – um contraste devastador para com o dueto de Rose com Elton John na altamente coreografada “November Rain” – aparentemente não foi o suficiente para Cobain, que compartilhou sua recheada estória com Axl no backstage com a MTV, falando sobre a arrogância de Rose no que foi descrito como uma clássica estória de Davi e Golias. No vídeo abaixo, que parecer ter sido gravado no dia seguinte ao incidente, num show beneficente em Portland, Cobain fala dos “20 guarda-costas” que estavam em volta de Rose e como Axl o ameaçava, enquanto ele tinha “um desamparado bebê nos braços”. O baixista do Nirvana, Krist Novoselic, também fala do Guns n’ Roses como sendo “o establishment do Rock n’ Roll” e “ como eles querem que as pessoas acreditem na rebeldia deles de sentar numa Harley Davidson, enquanto tocam piano com uma orquestra de 41 músicos, exatamente como fez o Emerson, Lake & Palmer em 1978”. O Nirvana este lendo seus próprios recortes da imprensa.   

Um bom desvio para esta estória é a alegação de Novoselic de que foi ameaçado mais tarde naquela noite pelo baixista do Guns n’ Roses, Duff McKagan. Aparentemente isto realmente aconteceu; McKagan até fez um tardio pedido público de desculpa a Novoselic no começo deste ano. Mas mesmo se ele tivesse desafiado Novoselic para uma luta mortal entre baixistas famosos, no meio de uma fúria induzida por bebidas e drogas, McKagan poderia ter tido uma pequena folga ao invés do Nirvana entregá-lo publicamente. Antes de se mudar para Los Angeles e se juntar ao Guns n’ Roses, McKagan era um membro ativo da cena Punk de Seattle, tendo tocado no The Fartz, Fastbacks e inúmeras outras bandas. Após ter ficado famoso, McKagan manteve os laços com a comunidade local de músicos, hospedando os integrantes do Pearl Jam eu sua casa, em Los Angeles, em uma das primeiras turnês da banda, e até batendo papo com Cobain numa viagem de avião para Seattle, após Kurt ter fugido da reabilitação pela última vez em suas últimas semanas de vida.

Obviamente não conheço Duff McKagan pessoalmente, mas baseado no video acima e no que li sobre ele em vários livros sobre Grunge, tenho que dizer que ele parece um cara sólido. E seu rancor anti-Nirvana aparentemente durou pouco, dada a empatia que ele sentiu por Cobain enquanto ele ia embora. Mas após 1991, a mera menção das palavras “Duff McKagan” ou qualquer coisa associada com o Guns n’ Roses inspiraria risos e desprezo entre os que acreditavam que o mundo não era grande o bastante para Axl Rose e Kurt Cobain serem rockstars simultaneamente.

É um atalho conveniente pintar Axl Rose como o cabeça de vento clichê do Rock n’ Roll e Kurt Cobain como o artista genuíno, mas o que é deixado de fora? Olhando para trás, eu vejo a diferença crucial entre Axl e Kurt como sendo a forma que eles escolheram para deixar fluir seus lados mais sombrios e feios. Ambos tiveram infâncias problemáticas que desembocaram em um vida adulta caracterizada por intensa mudanças de humor e uma necessidade compulsiva de controlar seu ambiente. Ambos odiavam a imprensa por divulgar “mentiras” que às vezes acabavam sendo verdadeiras, e ambos foram influenciados por mulheres que criaram tanto sofrimento quanto prazer em suas vidas. Ambos viam a fama com uma faca de dois gumes; deu a eles a atenção que ansiavam após uma vida inteira sendo ignorados, e ainda assim parecia intensificar seus sentimentos de auto-aversão. Eles eram, para usar um termo médico, dois caras fodidos mentalmente, e que expressaram isto eloqüentemente em suas músicas.
 
Mas mesmo nas mais tristes e depressivas canções do Nirvana, Cobain sempre pareceu um cara sensível e pensativo. Rose, por outro lado, escreveu diversas canções sobre ser uma má pessoa e sem parecer se arrepender disto. Esta dicotomia é meramente um reflexo do que estes caras são? Talvez, mas acho difícil de acreditar que Rose não tinha noção dor fato que ele se pintava como uma figura monstruosa em sua música. Ele teria que ser um completo sociopata para não perceber isto – apesar de que Patrick Bateman, do livro “American Psycho”, sabia esconder sua verdadeira essência através do seu amor pelas canções de Huey Lewis e de Phil Collins, dos tempos de Genesis.  
 
Se as canções de Cobain lidavam com surrealismo e nonsense divertido, as de Rose falavam sobre sinceridade e fúria. Uma música como “Dumb” parecia falar do romance químico de Cobain com amor: “My heart is broke, but I have some glue/Let me inhale, and mend it with you” (N.T.: A tradução ficaria, “Meu coração está partido, mas eu tenho alguma cola/me deixe inalar e fazer as pazes com você”), mas ele também dizia que suas letras não significavam nada. Já Rose tornou inevitável a conexão entre “Sweet Child O’ Mine” e sua então namorada Erin Everly, quando a colocou no videoclipe da canção. Mas se Rose amava Everly o suficiente para escrever a mais bonita Power Ballad da história (com a ajuda de Slash e Izzy Stradlin), houveram dias em que ele a odiava numa intensidade semelhante – e ele acreditava que valia à pena escrever sobre isto também. A relação de Cobain com Courtney Love estava longe de ser sadia, mas ele nunca escreveu uma seqüência doentia para “Heart Shaped Box”, como Rose escreveu diversas réplicas tóxicas para “Sweet Child”.  

Não estou dizendo que esta abordagem é preferível, apenas que Axl Rose deveria ser creditado por criar sua própria imagem pública, incluindo as partes que pessoas como Kurt Cobain desprezavam. Talvez ele tenha sido honesto demais: por mais que a trilogia de vídeos – “Don’t Cry”, “November Rain” e “Estranged” – do “Use Your Illusion” seja risível, ela mostra Rose lutando conscientemente, em esfera pública, contra seus impulsos suicidas, traumas de infância e propensão à violência doméstica. Não só ele estava aberto com relação aos demônios que o perseguiram de Indiana até a Sunset Strip, como às vezes admitiu que gostava deles ou, pelo menos, não estava disposto a sacrificá-los no altar do politicamente correto, sem se importar com os efeitos que eles teriam na forma como ele seria reconhecido. 

O melhor exemplo disto é a mais controversa canção que Rose já escreveu: a radioativa “One in a Million” do ábum de 1988, “GN’R Lies”. Um relato dos primeiros dias de Rose em Los Angeles, “One in a Million” é desconfortavelmente franca, mas uma representação estimulante de como um “garoto branco de uma cidade pequena” reage ao ser confrontado por inúmeros molestadores, incluindo a polícia, negros, imigrantes e “viados”. Rose apenas quer que eles saiam do seu caminho para ele poder sobreviver na cidade grande. Críticos compreensivos (e não há muitos quando o assunto é “One in a Million”) poderiam interpretar a música como um comentário a respeito da intolerância, mas Rose descartou esta possibilidade todas as vezes em que tentava defendê-la, dizendo em entrevistas que ele era “pró-heterossexual” e que o comentário sobre os “negros” falava especificamente nos negros que te enchem o saco na Estação Greyhound. Outras vezes ele simplesmente falava que “One in a Million” era uma piada, o que só tornava a canção ainda mais ofensiva.        
 
O poder de “One in a Million” está em ser uma canção intolerante que não endossa a intolerância. Apenas um completo idiota babaca escuta “One in a Million” e balança a cabeça concordando com ela. Nem ao menos é uma canção persuasiva, e não parece que o protagonista foi feito para ser admirado de nenhuma forma. “One in a Million” é uma canção que ninguém jamais iria admitir citar para alguma coisa. O que faz dela tão perturbadora é que Rose não dá o braço a torcer; não um ponto catártico em direção a uma mudança de sentimentos em seu final, que é o motivo de Cobain e milhões de outras pessoas concluírem o pior a respeito de Rose, quando “One in a Million” foi lançada. Mas se Rose fosse mesmo uma pessoa ruim, reacionária, racista e homofóbica, por que ele se importaria em se expor desta forma ao lançar a canção? Rose teria que ter sido o popstar com menos “desconfiômetro” da história para não prever a tempestade de merda que “One in a Million” causaria; você tem que assumir que ou ele não se importava, ou viu algum valor em jogar uma luz sobre as regiões mais sombrias de psique. Ele estava tentando se envergonhar para, assim, se tornar uma pessoa melhor? Se este foi o caso, isto funcionou?         

Cobain estava certo: Rose achava que o mundo lhe devia algo, e era a realização de seus sonhos em troca de um doloroso e detalhado relato de seus pesadelos. Em “One in a Million”, Rose canta: “It’s been such a long time since I knew right from wrong/It’s all a means to an end, I keep it movin’ along” (N.T.: “Já faz muito tempo que eu sei a diferença do certo para o errado/É tudo um meio para chegar a um fim, eu me mantenho seguindo em frente”). No fim de 1991, eu escolhi Kurt Cobain ao invés de Axl Rose, porque eu queria alguém que realmente soubesse a diferença do certo para o errado. Mas mesmo se a música de Cobain salvou vidas, o “Nevermind” falhou em salvar o homem que o criou. Ele também não conseguiu tocar Axl; ele é o cara que ainda está seguindo em frente.


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56 responses

29 10 2010
BERNARDO

Nossa cara.. bela matéria hein! Parabéns Gabriel !!!!!! rs 🙂

Axl vs Kurt , é igual um clássico sul americano : Brasil x Argentina

nunca terá um fim! Aquele Mtv Awards de 92 ficou na história. Quando o Kurt começou a provocar axl : cadê você Axl ?? apareça…

e o pau quebrou geral hahaha

abração!!!!

29 10 2010
Gabriel Gonçalves

rs… É verdade. Gostei desta analogia com o Brasil x Argentina. A matéria original é do site “A.V. Club”, e eu fiz a tradução para o português. Abração, meu velho!

29 10 2010
Renato Pina

Este é um dos melhores textos que já li sobre essa mítica briga entre os 2, e devo dizer que quem seguiu em frente “ganhou” o embate. Obrigado ao pessoal do Imprensa Rocker pela tradução deste material.

29 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Renato! Obrigado pelo elogio, cara; deu uma trabalhinho traduzir este texto inteiro, rs. Mas, como você, disse é uma das melhores análises (senão a melhor) sobre a briga entre os dois. Abração, cara!

29 10 2010
Jorge Carvalho

Bem Renato, a julgar por esta matéria http://is.gd/gstzY, quando se trata de rock ‘n roll, ainda fico com o bom e velho “é melhor apagar de vez, do que ir se apagando aos poucos”.

29 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Jorge! Velho, me permita discordar de você; aliás, de você não: da resenha do show. Não fui no show de Brasília, ams tive um primo que foi e disse que foi sensacional. Estive no show daqui de SP e também foi sensacional. Uma coisa que tenho percebido desde que o “Chinese…” foi lançado foi que a maioria das críticas tem se voltado contra o fato de Axl não ser mais o mesmo e tal… Mas é lógico que ele não é mais o mesmo. Se passaram quase 20 anos! Ele continua cantando bem (lógico que a idade e os excessos vem cobrando a conta, ams ele ainda tem muita lenha para queimar), o “Chinese..” é um puta disco e os shows continuam fenomenais. O engraçado é que Paul McCartney vem fazendo turnês há muito tempo, tendo 80% do repertório de música dos Beatles e ninguem diz que é um show cover (não tô comparando Paul com Axl e nem prefiro o Guns, pelo contrário, minha banda preferida é os Beatles e tô com ingresso comprado pras duas datas de Paul aqui em SP. Só estou dizendo que a maioria dos críticos quer que Axl continue fazendo o que fazia há 20 anos). Na crítica do show que você citou, tirando a parte em que ela fala que Axl não consegue segurar os tos mais graves, a repórter só fala mal do álbum “Chinese…” e não do show. O texto dela é confuso, ela misturou as duas coisas… Não sou um Axl maníaco ne viúva do Slash e nem do Kurt. Gosto dos três, mas acho que este esforço em conjunto que a imprensa em geral vem fazendo para desqulificar o Guns é totalmente sem sentido. O cara contiua compondo muito, cantando muito e fazendo grandes shows. Abração, cara!

6 02 2011
edu godri

e ai galera,,, li tudo isso só hoje e ja faz tempinho q foi publicado,,, sei que voce traduziu o texto,, muito bom gostei de ler, apesar de ser meio grande como (coma) a agonia e angustia sao bem mais leves…
bom li tbm os comentarios, e percebi que vc falou o que venho pensando e falando a algum tempo.
ninguém fala sobre discos da madona do paul mcartney e varias outras bandas que trocam seus integrantes e voltam com outra formaçao.. eu prefiro ouvir o angel down do sebastian do que o novo do skid row com outro vocal,,e pq ninguem pisoteia o black sabatth?

o que noto é que o foco maior é axl rose, as pessoas que só criticam negativamente nao criticam o gnr, e sim axl rose.
pra mim o cara é um genio, pode estar fora de forma,, mas a imagem dele é mitica.
é o mesmo que ver um jogo de futebol com o pelé, será que alguém acha, que ele ainda joga bola como antes?
comparaçoes a parte, o gnr ta com um discao ai muito bom (chinese)
e tem que entender que quando vc vai a um show do gnr tem que estar preparado,, quando fui ao show de sao paulo me preparei assim:
fiquei pensando… cara vou chegar, esperar por horas pelo show,vou ficar la na frente quando ele entrar vou tirar uma foto,, ele vai ver a minha camera, vai parar o show mandar eu me foder e me fazer passar muita vergonha, isso se ele nao se jogar em cima de mim e me dar uma surra, entao vc tem que saber que gnr é isso tudo, mas vale muito a pena,,, se voce nao aguenta fuck you!!!

7 02 2011
Gabriel Gonçalves

Fala Edu! Cara, é bem por aí mesmo. Eu não sou destes fãs mais radicais que, quando sai um ou mais integrantes de uma banda, exige que o cara que continue mude o nome. A gente tem que pensar que, par a ele, aquilo não é só uma banda, é a vida dele. Já usei este exemplo aqui uma vez, e vou usar de novo: se você tem uma empresa de renome, que você começou do zero, deu sangue e suor para ela crescer, e de repente um de seus sócios morre, você iria começar outra empresa do zero de novo? Acho que não. Então Axl tem meu apoio se quiser continuar com o Guns, entretanto adoraria ver uma reunião da formação original. Quanto à questão dos atrasos nos shows e crises de chiliques de Axl, aí discordo um pouco de você. O público está pagando, e caro, para ver o show, então o mínimo que ele pode fazer é começar no horário marcado e sem frescura, rs. Abração, Edu, e volte sempre!

31 10 2010
Renato Pina

Se formos julgar por essa matéria, sim você tem razão. Porém não foi o que eu vi durante o show do Rio. Quem escreveu essa matéria parece ter algum rancor reprimido em relação ao Axl ou ao Guns em si.

Venho acompanhando o Guns desde meus 8 anos de idade, e posso dizer sem sombras de dúvidas que o Axl continua em forma, e deixando muitos vocalistas mais novos no chinelo. E reitero, o show do Rio foi o melhor show que já vi em minha vida, e graças ao Axl.

31 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Renato! Concordo com você, porém não acho nem que a repórter e questão tenha algum rancôr contra o Axl ou o Vuns, pelo contrário, tenho a impressão que ela é mais uma daquele grande grupo que gostaria que o Axl ficasse lançando o “Appetite…” ou os “Use Your Illusion” 15 vezes seguidas. Se ele fizesse isto, aí sim, em minha opinião, se tornaria um cover de si mesmo. É o mesmoproblema que acontece com o Iron. Grande parte dos fãs querem que eles lancem o “Powerslave” 55 vezes. Do meu lado, prefiro o ineditismo, ser surpreendido por uma sonoridade que me pegue pelo pescoço. Agradeço por estas pessoas não terem sido fãs dos Beales nos anos 60; provavelmente elas nunca iriam querer que eles lançassem um “Sgt. Peppers” da vida, rs. Abração, cara!

29 10 2010
Helton

Curto Nirvana e Guns, mais Nirvana que Guns… tirando o fato de ser engraçado a treta dos dois acredito que não tenha muito mais o que opinar, afinal de contas vai lá saber qual a verdade dos fatos hahaha Mas que foi impagável o Dave zuando o Axl em plena MTV foi hahaha. Curto uns 50% do Chinese e se o Axl detem os direitos do nome, faz bem em usar… não vejo problema só ter ele da formação da banda e usar o nome dela… Se fosse o contrário e o ‘Velvet’ usasse o nome Guns ia ter a briga tb por que ia faltar o Axl… Prefiro o Guns clássico (que pra mim é com o Sorum na batera) então não fui no show do Guns que passou por aqui e não preciso amar o Chinese, apenas respeitar o que o Rose vem fazendo. e querendo ou não é o Guns N Roses. Se Kurt estivesse vivo o Nirvana seria bombástico ainda? Não sei, o Kurt sempre falou que tinha um “Q” de Johnny Cash, acredito que ele ia acabar fazendo musica sozinho no violão o que seria extremamente foda, mas a unica coisa que podemo fazer é sonhar… Sonhar com a reunião do Guns e com o que o Nirvana poderia ter se tornado.

Abraz

29 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Heltão! Cara, faço minhas as suas palavras (com a exceção da parte que você fala que só gosta de uns 50% do “Chinese…”, rs). Antes de morrer, Kurt estava iniciando um projeto com o Michael Stipe, do R.E.M., que prometia ser do caralho. Uma pena que nunca iremos saber como isto ficaria. Abração, cara!

30 10 2010
John V7

Bom texto , bom trabalho , a rivalidade de Kurt Cobain e Axl Rose é inevitavel , todo fã de rock sabe , geralmente varios fãns do Guns e do Nirvana brigam , so por causa dessa briga , não gosto do Nirvana , mas respeito , so que tambem não acho que é uma das melhores do mundo e tambem que o Kurt é um dos melhores vocalistas ou guitarristas de Rock , tem muitos melhores , agora em banda mais perigosa do mundo , se tivesse uma votação , eu não votaria no Guns N Roses , nem no Nirvana , eu votaria no Motley Crue , como diz Ozzy em sua biografia “eles viviam como animais” , ate o Duff em uma coluna no jornal em que ele trabalha disse que quando o Guns foi abrir pro Motley em uma turne , eles viram que perto do Motley , eles não eram a banda mais perigosa do mundo , hoje em dia todos os antigos drogados falam que não se drogam mais , mas , é dificil de acreditar.

30 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, John! Concordo com você quanto ao Motley, realmente os caras viviam no lixo, rs. Quanto ao Nirvana, eu gosto bastante, mas sei que gosto é gosto; a babaquice são os fãs brigarem, porque seus ídolos não se bicavam. Ah, e abiografia de Ozzy é fenomenal, rs. Abração, meu velho!

30 10 2010
Diego

O último parágrafo do texto, ou melhor, a conclusão do mesmo, é matadora!! analítica e reflexiva.. mto boa, parabéns…..

30 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Diego! Realmente a conclisão ficou fodona. Deixando claro, novamente, que o texto original é do “The A.V. Club”, tendo o Imprensa Rockr feito a tradução para o português. Abração, cara!

30 10 2010
Carlos Alberto

Eu achei este trecho abaixo extremamente interessante, pura obviedade mas nunca levamos a coisa por este lado:

A parte mais complicada de se escrever sobre a história é colocar estilos, modas e movimentos sociais numa perspectiva adequada. Nem todo mundo passou os anos 60 fazendo bebês na lama em Woodstock, ou os anos 70 cheirando com Bianca Jagger no “Studio 54”. Nós nos apoiamos nestas coisas porque elas possuem significados facilmente reconhecíveis de suas respectivas eras, mas muita coisa é ignorada quando você toma o atalho das jaquetas Nehru e músicas dos Bee Gees. O espectro das experiências em qualquer era é simplesmente amplo demais; me faz imaginar se a chamada “monocultura” realmente existiu, no qual “todos concordavam” com o que era bom nas rádios e nas três emissoras de TV. Talvez apenas tenhamos melhorado em reconhecer que mesmo as coisas realmente populares são irrelevantes para significativas porções da população. Uma banda tão abrangente como eram os Beatles nos anos 60 provavelmente não significava muito para um adolescente negro que vivia em Detroit, ou para um motorista de caminhão da zona rural do Texas, ou para os milhões de decentes conservadores norte-americanos médios que trabalhavam duro e que esperavam impacientemente que aqueles cabeludos desafinados terminassem sua apresentação no Ed Sullivan, para que os mágicos e malabaristas pudessem entrar.

30 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Carlos Alberto! É verdade, cara. A gente tende a generalizar sempre, então os 60 foo a época dos hippies, os anos 70 da disco music, etc, e acabamos ignorando séries de manifestações culturais que também fizeram parte de sua respectiva época. Abrãção, cara!

30 10 2010
Grace Kelly.

O melhor texto (e mais completo) texto que li sobre a rivalidade de Axl e Kurt.
Não gosto de Nirvana, acho uma banda ruim. Mas isso é a minha opinião e não altera em nada no gosto das pessoas.
Agora quanto ao Guns, é uma das minhas bandas favoritas, escuto desde pequena e Axl sempre vai ser meu maior ídolo, independente das críticas e ofensas contra ele.
E acho que Chinese é respeitável e bom, apesar de não ser um álbum poderoso quanto foi o Appetite ou Use Your Illusion.

Enfim, parabéns pela ótima tradução.

30 10 2010
Gabriel Gonçalves

Oi Grace, tudo bem? Eu também achei este texto genial. O autor foi de uma felicidade enorme. Eu particularmente gosto muito do Nirvana – assim como o autor, peguei o auges das duas bandas e era impossível ser indiferente a elas – mas o Guns foi a banda que me trouxe para o Rock n’ Roll, portanto estar no Pq. Antártica no show deste foi um dos grandes momentos da minha vida. Abração!

31 10 2010
Vinícius

Sensacional matéria, li ouvindo o melhor desses dois mundo e pensando o tempo todo. “O que teria acontecido se Cobain tivesse aceitado o convite de Axl para seguir em turnê com eles?” É melhor não pensar! a história seria reescrita!!
Parabéns pela matéria!

31 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Vinícius! Na primeira vez que li o texto, fiquei imaginando a mesma coisa… Seria uma turnê antológica! Obrigado pelos elogios, mas devo dar os créditos ao site que publicou originalmente a matéria, que foi o “The A.V. Club”. O Imprensa Rcker fez a tradução para o português. Abração, cara!

31 10 2010
Heloisa

Sensacional o texto, parabéns pela tradução. Sou muito fã do Guns clássico e, embora não seja exatamente fã do Nirvana, gosto bastante dos outros três grandes nomes do grunge (Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains). Pra mim a briga Axl x Kurt é a briga clássica entre o barroco e o arcadismo, impressionismo e expressionismo, progressivo e punk. Todo movimento artístico sempre é sucedido por um movimento cujos valores tendem a ser contrários ao do movimento atual e isso é exatamente o que foi a guerra Guns x Nirvana. Em termos bem simples, o rockstar megalomaníaco (pois se na época Axl era apenas um músico incompreendido, as décadas seguintes mostrariam que ele se tornaria exatamente aquilo que o Kurt Cobain previu) x o artista genuíno rebelde (que sabemos que não era tão rebelde assim); o rock grandioso e orquestrado do Guns dos Illusions x o punk despretensioso do Nirvana. Fico satisfeita por ter existido essa ruptura no rock, pois apesar da proposta sonora do Guns ser extremamente agressiva e magnífica, poucos anos depois de seu debut a banda já não mais se diferenciava dos Poisons e Motley Crues da vida no quesito atitude, enquanto os caras de Seattle fizeram uma juventude inteira questionar-se sobre política, meio ambiente, aborto, igualdade de direitos e outras questões sociais. Isso sem contar que, num todo, é covardia tentar comparar a qualidade musical das bandas de Seattle com as de hair metal de Los Angeles. Independente do time para o qual você torça, uma coisa é certa: quem saiu ganhando com a existência de ambas as bandas foi o rock’n’roll.

31 10 2010
Gabriel Gonçalves

Heloisa, seu comentário merece aplausos! Você foi muito feliz ao dizer que “todo movimento artístico sempre é sucedido por um movimento cujos valores tendem a ser contrários ao do movimento atual”. Isto, inclusive, é uma das leis da física: para toda ação há uma reação, e pode ser aplicado em tudo. E sua conclusão foi irretocável. Fiz uma visitinha ao seu blog e curti pra caramba – o post sobre o filme das Runaways é muito bom mesmo! Abração, Heloisa, e volte sempre!

31 10 2010
Gabriela Bonneau

Achei interessante a matéria, um pouco puxando para o lado de Axl Rose e querendo colocar Kurt Cobain entre a espada e a parede; mas eu gostei. Não me convenceu, mas dá para pensar. Na realidade penso que o objetivo não era convencer alguém, porque se era, comigo foi mal sucedido.

Mesmo assim, sou toda a vida Kurt Cobain, que pelo menos demonstrou aquilo que não queria/não curtia (como a mídia, homofobia, racismo e etc), em vez de dizer uma coisa, mas talvez querer mostrar outra através da canção que foi citada no final, entre outras.

Enfim, parabéns! Abraço! 😉

31 10 2010
Gabriel Gonçalves

Olá Gabriela! Realmente a matéria é muito interessante, mas sinceramente não enxerguei em nenhum momento o autor puxando para o lado de Axl, pelo contrário, no final ele diz que escolheu o Nirvana ao invés do Guns. Abração!

31 10 2010
Luís Eduardo Martins

Lembro-me bem desse tão comentado fato Axl X Kurt, ou GN´R X Nirvana. A conclusão que cheguei hoje, lendo esse belíssimo texto, é o mesma que tive em 1992. Dois artistas com pontos-de-vista completamente diferentes, com supostamente valores inversos, que graças a absurda fama que tinham conseguido, podiam expressar publicamente suas idéias acerca do próximo, movimentando não só a imprensa, quanto a muitos jovens fãs de suas músicas. Seria mais ou menos como Jonny Rotten tecendo algum comentário sobre Mick Jagger ou John Lennon em 1977.

31 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Luís Eduardo, tudo certo? Acho que sua analogia cabe como uma luva nesta situação. Dois grandes artistas, com personalidades fortes, com vários demônios internos que lidaram com eles da mesma forma: através da música. Entretanto, dentro da música, escolheram caminhos diferentes. Abração, cara!

31 10 2010
Geraldo

Essa matéria é muito bem escrita, porém foi escrita (provalvelmente) por um fã de Guns N Roses….o que só mostra um lado totalmente parcial da história…históricamente e musicalmente o Nirvana foi muito maior do que escrito acima (é inquestionavel o impacto do Nevermind no cenário musical mundial, mesmo antes do Kurt morrer isso já era comprovado – leia o livro Barulho de 1992 para se ter um exemplo) , como não sou fã do Guns n Roses, prefiro não falar nada que eu não tenha embasamento para falar.

31 10 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Geraldo! Sinceramente, meu velho, não consigo identificar nenhuma parte no texto em que o autor mostre qualquer tendência a favor do Axl, pelo contrário, ele detona com os “Use Your Illusion”, com os videoclipes que saíram destes discos, e no final ainda diz que escolheu o “Nevermind” ao invés do Guns. Inclusive no próprio texto, ele cita isto que você falou: “‘Nevermind’ já havia sido mitificado quando Kurt Cobain cometeu suicídio em 1994”. Nesta frase, ele afirma exatamente o que você falou, quando disse “é inquestionavel o impacto do Nevermind no cenário musical mundial, mesmo antes do Kurt morrer isso já era comprovado”. E o objetivo do texto não foi comprar as duas bandas, mas analisar a rivalidade entre Axl e Kurt. Abração, meu velho!

31 10 2010
Abajur

Não gosto muito dessas bandas, na primeira vez que escutei o Apettite do Guns eu gostei, mas achei bem copia do Aerosmith antigo, Slash pra mim era cópia do Joe Perry. Já Nirvana pelo amor né, aquele show no Hollywood Rock em São Paulo foi uma piada de mau gosto, desrespeito aos fãs que pagaram caro pra ver uma jam do louco Kurt. Pra mim dessa banda só se salvou o Dave Grohl mostrando muito talento no Foo Fighters. Respeito essas bandas como ícones do rock, mas naquela época estava escutando Sepultura – Arise, Megadeth – Rust in Peace, Slayer- Seasons in the Abyss, disco preto do Metallica, Painkiller do Judas Priest,. isso fora o levante do death metal na Europa e na Florida nos EUA como Death, Napalm Death, Entombed, Deicide, salvando o metal da onda grunge.

1 11 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Abajur (apelido sensacional, rs)! Eu cresci escutando o Guns e o Nirvana, na época em que explodiram também (devemos ter idades parecidas, inclusive), mas lá em Salvador (nasci e morei lá até março deste ano, quando me mudei para SP), naquela época, não existia esta segmentação que existe. Então eu cresci ouvindo Guns, Nirvana, Iron, Kiss, Sabbath, Ramones, Sex Pistols, Sepultura, The Clash, Beatles, etc, sem nenhum pudor. E até hoje eu sou assim. Se uma música me agrada, o estilo não importa (desde que seja dentro do espectro do Rock n’ Roll, Blues, Soul, Country, etc, é claro). Já sobre as bandas de Death Metal, nunca me aproximei tanto – o mais pesado que escuto é o Slayer, rs. Abração, cara!

3 11 2010
Roberto A

EU saba que valeria a pena te sugerir esta matéria.
melhor post em muito tempo.

ABRAXX

3 11 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Roberto! Realmente este texto é muito bom. Vaeu pela sugestão, meu velho. Abração!

3 11 2010
Roberto A

corrige ae gabriel..

e eu sabia, e não eu saba,,

rs

3 11 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Roberto! rs… Cara, não tem como corrigir, rs. Não tenho acesso para editar os comentários de ninguém. Mas nem se esquente, cara, a mensagem foi dada. Abração!

3 11 2010
Roberto A

No final das contas os dois marcaram seus nomes na história da arte.
punto e basta!

3 11 2010
Gabriel Gonçalves

Disse tudo, Roberto! independente dos gostos, foram dois caras que já entraram para a história da música. Abraço, meu velho!

6 11 2010
Luiz Silva

Ótimo texto. Posso ainda dizer que Kurt sempre foi um reacionário, já Axl foi como um Estadista no mundo da música. Kurt queria destruir tudo que veio antes do Nirvana. Axl queria moldar todo o mundo à sua imagem e semelhança. Kurt não era o Nirvana, mas o porta voz da banda que mudaria o cenário musical. Axl era e é o Guns, a banda mais delirantemente conhecida do mundo (Os Beattles que me perdoem).

Kurt se foi de maneira súbita, não aguentou o mundo a sua volta. Axl continua sua saga de auto-adoração, foda-se quem o rodeia. Algum dos dois estava certo? Obviamente que não. Algum dos dois venceu a guerra? Era uma guerra? Um dos dois foi um música melhor que o outro? Sem dúvidas! Os atributos musicais de Mr Rose vão além de juntar um bando de adolescentes.

Grunge ou Hard Rock? Tanto faz. Ambos foram os maiores em seus gêneros. Ambos estão na história da música.

6 11 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Luiz! Só vou discordar de você quanto a menção aos Beatles, rs. Não tem jeito, os cars são mais conhecidos do que qualquer outro. Abração, cara!

8 11 2010
Rodd

Parabens pela tradução, realmente o texto é excelente!
ninguem jamais vaio saber o q aconteceu, ou da forma q aconteceu correta…afinal uma das partes já não está mais aqui, porém da para se ter uma ideia bem coerente da situação e do comportamento de cada um. Não curto Nirvana, nada contra, amo Guns, pra mim o Guns tb foi a banda que me trouxe para o Rock n’ Roll, portanto estar no Pq. Antártica no show deste ano foi um dos grandes momentos da minha vida. Apesar das atitudes do Axl, na vida inteira dele, acho q não da pra julgar, pq ninguem passou o q ele passou, e ninguem fez o q ele fez, lmebrando, a maior parte bebado e drogado..uHAUhauHAUhauHUauAH

8 11 2010
Gabriel Gonçalves

Fala Rodd! O Guns foi a bands que me trouxe para o Rock n’ Roll também, lá por volta de 1989 ou 1990. Nem nos meus sonhos mais selvagens, imaginaria que teria a oportunidade de ver a banda ao vivo (no Rock in Rio II e nos shows de 1992 eu ainda era moleque; e no do Rock in Rio III não pude ir, por causa de grana). Estar no Pq. Antártica, para mim, também foi sensacional. Abração, cara!

8 11 2010
Rodd

ps: lendo o texto, só naum consegui ver o boné do Nirvana no clip Don’t Cry, mas td bem 🙂

8 11 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Rodd! Também não consegui identificar qual era aquele boné que ele usa no clip de “Don’t Cry”, mas nesta imagem http://www.feelnumb.com/wp-content/uploads/2009/07/picture-2.png (uma entrevista), ele está com um boné do Nirvana. Abração, cara!

13 11 2010
Daniel

Nessa briga eu fico com o Axl. Apesar de ser um cara perturbado ele está ai fazendo o que gosta, da maneira que gosta. Ninguém é obrigado a gostar dos seus discos, das suas extravagâncias ou do seu temperamento. Devemos respeitar as diferenças. Ele é um arruaçeiro, prepotente e FDP. Mas e daí ? O meu vizinho também é e nossa sociedade está infestada de pessoas assim. Basta olhar em volta.

Quanto ao Kurt, apesar de pareçer menos problemático, escolheu o suicídio como a melhor forma de fugir dos seus demOnios. E eu acho que isso é a maneira mais covarde que um homem pode fazer para resolver os seus problemas. Não interessa o seu estado mental ou psicológico, influência de drogas ou outra coisa. O suicídio mostra o quão primitivo era o seu espírito.

15 11 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Daniel! Cara, eu sinceramente não tendo a escolher nenhum dos dois lados. Acho que são dois caras que viveram (no caso de Axl, ainda vive) sob suas próprias regras e pagaram o preço por isso. Não acho que estejam errados. No caso do suicídio, não acho que seja um ato de covardia. Na maioria das vezes é um ato de desespero, mas sou defensor de que uma pessoa é livre para morrer quando e como quiser, se assim desejar. Abração, meu velho!

8 12 2010
Raphael

Olha, eu so fã doentio do Guns, e olha q jah fazm 21 anos!!! Penso q o Guns talvez tenha sido, em sua formação clássica, a maior d tds. Apesar de tdo, gosto do Chinese, mas não axo q eh uma obra-prima digna do GNR. Axo o Axl mto foda, mas infelizment o cara naum tm respeito algum pelas outras pssoas, nem msm pelos fãs. Ele é xeio d excessos sim, mas eh um gênio. Naum curto o Niravana, respeito o estilo deles, mas…e se o Kurt n tivesse morrido? Será q ele ficaria ainda mais famoso, seria ainda mais mítico? Ou pereceria, vncido pela industria e engolido pelas próprias sombras??? Afinal o mundo acaba enjoando d um artista qndo ñ c recicla, ai o kra fika some e fika restrito a poucos… E se Axl tivesse “se matado” (se eh ki o Kurt se matou mm), será que ele, Axl Rose e o Guns não iam ser ainda maiores(apesar de impossível no início dos anos 90) ??? Pra mim Axl se ama de mais para se suicidar, ele é egocêntrico ao extremo, folgado e convencido, mas, convenhamos, ele pode ser. Soh mais uma coisa, os ex-membros deram as costas e abandonaram o Axl, não o contrário, portanto, nada mais justo do q ter o nome e a marca pra ele mesmo.

8 12 2010
Gabriel Gonçalves

Fala, Raphael! Cara, concordo com algumas coisas e discordo de outras que você disse, rs. Se Kurt seria tão famoso quanto é se não tivesse morrido, não sei, ams actedito que não seria englido (taí o AC/DC e Motorhead que estão há90 anos fazendo a mesma coisa; sem contar que o Nirvana estava em plena evolução. Quem escuta o “In Utero”, percebe que aquele Grunge mais simples, mais Puk já havia mudado e as músicas estavam bem mais trabalhadas). Concordo que Axl tem todo o direito de manter o nome da banda, mas discordo que foram os caras que abandonaram Axl. Uma coisa seria os caras largarem Axl sem mais nem menos e deixado ele se ferra, mas p que todo mundo sabe foi que Axl provocou um situação que se tornou insustentável, justamente pra que os caras saíssem e ele ficassse com o nome da banda; é uma situação bem diferente. Abração, cara!

24 01 2011
Samir Bilro

Lendo essa matéria, me sinto obrigado a traçar um paralelo com a cena da música brasileira atual. Hoje a impressão que tenho é de que não há mais roqueiro. Uma banda pior que a outra aparecendo (farsas do tipo restart e coisas do gênero ), Andreias Kisser tocando com Júnior, um “respeito” exacerbado entre os estilos (rock com pagode, suingueira, funk carioca e outros lixos culturais), muita música ruim e atitude zero. Parece que Há um acordo pra ninguém criticar ninguém. Tudo foi relativizado, não há mais mau gosto, há espaço pra todos. Pois eu sou mais Raul “amo a guerra e adoro o fogo, elemento natural do jogo”. Fosse aqui no cenário atual do Brasil, Axl e Kurt apareceriam na Caras de mãos dadas, na casa do Caetano curtindo um som de Bruno e Marrone. Morte à bunda-molice que açoita esses novos e mortos tempos!

24 01 2011
Gabriel Gonçalves

Concordo plenamento, Samir! Mão preciso adicionar mais nada ao que você disse. Abração, cara!

26 01 2011
Samir Bilro

Valeu Gabriel! Acho bacana vc responder a todos os comentários. E sempre com educação. Não é todo blogueiro que tem essa visão. Essa interação faz com que o diálogo fique mais interessante. Parabéns e um Abraço!

26 01 2011
Gabriel Gonçalves

Valeu, Samir! Uma das razões do blog é justamente conversar com os outros amantes do Rock, então cada comentário dos leitores é tão importante quanto os posts. Abração, meu velho!

30 01 2011
Mick

O cara “agressivo” da vez foi o Kurt. O Axl só queria fazer amizade e Cobain não respondeu direito, e então Rose explodiu (isso depois de tentar de novo).

Essa é uma bela matéria, eu só não li de novo porque eu ainda lembro dela xD

31 01 2011
Gabriel Gonçalves

Pois é, Mick. Engraçado como foi o Kurt que atacou primeiro, ao contrário da imagem que ele passava. Abração, meu velho!

13 03 2011
Diego Seabra

Gabriel, muito legal essa análise aí da rivalidade entre Axl e Kurt. E legal sua tradução. Até gosto de Nirvana, mas o Guns N’ Roses é incomparável pra mim.
E acredito que o Axl seja o maior “rock star” de todos os tempos… No ano passado fui ao show do Guns em Brasília, o primeiro da passagem pelo Brasil, e foi espetacular o show. Ah, e fui também em novembro, ver o Paul no Morumbi, o que me fez chegar a conclusão que não se fazer mais músicos como antigamente…

14 03 2011
Gabriel Gonçalves

Fala, Diego, tudo certo? Fui no show do Guns em SP, e tirando o atraso indecente, foi realmente um showzaço. O do Paul, sem comentários… E você está certo: quando pensamos em shows dos artistas “das antiga”, como os dois aqui citados, Kiss, Iron etc, a gente percebe como a qualidade das apresentações está caindo. O jeito é esperar que os tempos melhorem. Abração, cara!

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